AGOSTO BRANCO - Prevenção e conscientização do câncer de pulmão
AGOSTO BRANCO - Mês de Conscientização e prevenção do câncer de pulmão
Por: Dr. Eduardo Morais de Castro, MSc, CRM 34576 - RQE 19116 - Médico Patologista do Laboratório Citolab
Agosto é o mês de conscientização e prevenção do câncer de pulmão: é o AGOSTO BRANCO.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil.
Estima-se que em 2020, 30.200 novos casos serão diagnosticados. O principal fator de risco é o tabagismo.
Não só o uso do tabaco, mas também a exposição a ele, como é o caso dos fumantes passivos. E a intensidade também conta: quanto maior a carga tabágica (número de maços ao dia x número de anos), maior é o risco.
Graças ao maior conhecimento dos malefícios do tabaco e a redução de seu uso, a incidência de câncer de pulmão vem caindo desde a década de 1980.
Porém, o tabagismo não é o único culpado. Isso explica o porquê de algumas pessoas desenvolverem câncer de pulmão sem jamais terem experimentado um cigarro.
Algumas doenças crônicas também predispõem a essa neoplasia: é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que engloba tanto o enfisema, quanto a bronquite crônica.
Além destas, a exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, como o asbesto, e à poluição do ar, são também fatores de risco.
Em estágios iniciais, a neoplasia pode ser assintomática. Com o tempo, podem surgir tosse persistente, escarro com sangue, falta de ar, rouquidão, cansaço, fraqueza e perda de peso.
A detecção em estágios iniciais favorece o prognóstico do paciente, isto é, elevam as chances de cura. Para isto, são necessários exames de imagem, sejam eles realizados em casos de suspeita ou rastreio.
O diagnóstico deve ser confirmado pelo patologista, após a realização de uma biópsia. O papel do patologista vai além da confirmação do diagnóstico. Ele classifica a neoplasia do ponto de vista histológico.
Os subtipos mais comuns são o carcinoma de células escamosas, o adenocarcinoma e o carcinoma neuroendócrino (principalmente o de pequenas células).
A importância da classificação correta reside no fato de que os tratamentos variam entre os subtipos, bem como a evolução e as taxas de sobrevida. Além disso, o estágio em que o paciente se encontra, ou seja, a extensão da doença, também influenciam o tratamento e o prognóstico.
Fotomicrografias - Acervo Citolab Laboratório